terça-feira, 5 de maio de 2009

Origem da Vida

Para o estudo da origem da vida é necessário um estudo pluridisciplinar da ciência. As moléculas se organizam, formando células. Para que isso possa ocorrer é necessário uma Evolução Química, que envolvem, além da Química, a Biologia, a Física, a Astronomia e Geologia.
A Origem da Vida é uma das grandes questões científicas da Humanidade e tem sido abordado por vários pensadores há milênios.


Teoria da Geração Espontânea ou Teoria da Abiogênese

A ideia de que seres vivos podiam surgir por outros mecanismos além da reprodução foi muito difundida na antiguidade.
A crença na abiogênese não resistiu devido a expansão do conhecimento científico e os testes rigorosos realizados por Redi, Spalhanzani, Pasteur, entre outros.

Experimento de Redi

Nos meados do Século XVII acreditava-se que os seres vermiformes que surgem nos cadáveres de pessoas e animais originavam-se pela transformação espontânea da carne em putrefação. O médico italiano Francesco Redi foi contra essa crença e formulou a hipótese de que tais vermes eram estágios imaturos do ciclo de vida de moscas. Ele acreditava que os vermes nasciam de ovos depositados por moscas na carne e não por geração espontânea.





Experimento de Joblot

O francês Louis Joblot (1645-1723) realizou, em 1711, uma experiência na qual ferveu um caldo, nutritivo preparado a base de carne e o repartiu entre duas séries de frascos cuidadosamente limpos. Os frascos de uma das séries ficaram abertos o os da outra série foram tampados com pergaminhos. Os frascos destampados estavam repletos de micro-organismos, ausentes no líquido dos frascos tampados.
Ele conclui que os micro-organismos surgiram de "sementes" provenientes do ar e não pela transformação espontânea da matéria inanimada constituinte do caldo nutritivo.



Experimento de Pasteur

Por volta de 1862, o cientista Louis Pasteur (1822-1895), desmentiu a abiogênese, comprovando assim, que os micro-organismos, originam-se a partir de outros preexistentes.
Ele ferveu caldo de carne em um vidro aberto que possuía um gargalo curvado em forma de S, conhecido como “pescoço de cisne”. O líquido ficou por muito tempo sem micróbios, apesar de entrar ar os micróbios que vinham juntamente com o ar ficavam depositados junto à poeira na curvatura do gargalo. Para comprovar que não havia micróbios, o cientista curvou o frasco, para que o caldo estéril juntasse com a poeira e logo depois, o frasco estava cheio de bactérias.


Teorias Modernas sobre a origem da vida.

Panspermia.
Dados obtidos a partir de diversos campos da ciência permitiram ao russo Oparin formular uma teoria revolucionária, que tentava explicar a origem da Vida na Terra, sem recorrer a fenômenos sobrenaturais ou extraterrestres:
A vida na terra teve origem a partir de seres vivos ou de substâncias precursoras da visa provenientes de outros locais do cosmo. Essas ideias surgiram no século XIX e no inicio do século XX, a partir das ideias do físico William Thomson (Lord Kelvin) 1824-1907) e o químico sueco Svante August Arrhenius (1856 - 1927).

Teoria da Evolução Química ou Teoria da Evolução molecular

A teoria admite que a vida é resultado de um processo de evolução química em que compostos inorgânicos se combinaram, originando moléculas orgânicas simples (aminoácidos, açúcares, bases nitrogenadas, ácidos graxos, etc); estas por sua vez, se combinaram, produzindo moléculas mais complexas (proteínas, lipídios ácidos nucléicos, etc).

As Condições na Terra Primitiva

A maior parte da água e do elemento carbono (C) existentes em nosso planeta chegou com os asteróides que se incorporaram ao planeta durante sua formação. Ao atingir as camadas superiores e frias da atmosfera, o vapor da água condensou-se formando nuvens carregadas, precipitando em forma de chuva.
Acredita-se que, na Terra, de pouco mais de 500 milhões de anos de idade, temperatura torrenciais caíram sem intervalo, durante dezena de anos.
Quando a terra já havia esfriado o suficiente, para que a água líquida se acumula-se mas regiões mais baixas da crosta, formaram-se as áreas alagadas possibilitando o surgimento de vida.
Algumas provas da existência de água, hidrogênio, metano e amoníaco, na atmosfera primitiva, são fornecidas pela análise espectroscópica das estrelas; outras, pela observação de meteoritos provenientes do espaço interestelar. A análise das estrelas revela também a existência, em vários pontos do Universo, de pequenas moléculas orgânicas que estariam numa etapa primitiva de formação da vida.
Os químicos reconstruíram em laboratórios, a nível experimental, estas condições primitivas, misturando os gases adequados e água num recipiente de vidro e adicionando energia, através de uma descarga elétrica. Desta forma, sintetizaram substâncias orgânicas de forma espontânea.
É claro que o fato de as moléculas orgânicas aparecerem nesse caldo primitivo não seria suficiente. O passo mais importante foi o aparecimento de moléculas que se autoduplicavam, produzindo cópias de si mesmas. Outro passo importante foi o aparecimento de estruturas anteriores às membranas, que proporcionaram espaços circunscritos onde aconteciam as reações químicas. Pode ter sido pouco depois deste estágio que criaturas simples, como as bactérias, deram lugar aos primeiros fósseis, há mais de três bilhões de anos


Referências:
Amabis, José Mariano; Martho, Gilberto Rodrigues. Biologia, Biologia das Células 2 edição, Moderna: São Paulo, 2004.

Cynara. Origem da vida. Disponivel em: http://www.cynara.com.br/origemvida.htm. Acesso em 11 de maio de 2009.

A Origem da Vida. Disponível em: http://curlygirl.naturlink.pt/origem.htm. Acesso em 12 de maio de 2009.